e foi assim
que aconteceu,
exatamente
às 13:06.
e foi naturalmente.
como a rotina
de uma flor
cansada
de
só fazer
fotossíntese.
o púrpura
de sol-a-pico
do céu
gritava
a plenos pulmões.
a tarde
prematura
se dissolvia
em um
negrume
- superficial -
inexistente.
a espera pelo
inesperado
deslizava
em forma de silêncio;
um silêncio
tão denso
que explodiria
qualquer
tímpano
se exposto
ou
enclausurado
em
quatro paredes.
o ruído
inexorável
da pressão
borrachuda
e da buzina da
itinerante
prisão
se aprochegavam,
e,
em desesperada
tentativa de
fazer parte
daquele
cheiro de
bem-aventurança,
mergulhei.
os
pouco mais de trinta
segundos
(ou todos
eles juntos)
me pareceram
a soma
de todas as eras.
porém,
com a rotação
do universo equatorial
e o desesperado
desbravamento
territorial,
- de todo recíproco -
o mar rosado
desaguou
no lago
avidamente
afluente,
e,
o tempo,
- ontem imenso -
se revelou
tão banal e
breve
quanto
todo o mais
que
- anteontem -
aparentava
existir.
e esse
choque
de
luminescências
- profundamente
desejado -
ainda perpetua
como se
nada
fosse
ou
pudesse ser,
antes disso.
e foi assim
que floresceu,
exatamente
às 13:06.


