...e mais uma vez, após florescer e
seu rubro reflexo tornar-se distante
a rosa de espinhos termina sua tela
pincelando com o sangue que pinga
constante do talho deixado por ela
no lado esquerdo do rosto da noite
a golpes secos, sangrentos de tinta
a rosa completa a sua obra de arte
que nasceu perdida, vã e malquista
buscando nas cores por toda a parte
qualquer intenção de personalidade,
criatividade ou quem sabe uma pista
que a leve a quem teve a capacidade
de fazer abstrata uma impressionista.


