nós somos o brilho da noite
e a escuridão do dia.
somos areia branca na beira do mar, que,
com sua água gorgolejante,
tenta nos engolir.
e engole.
transposrtanto-nos através
do infinito horizonte.
quando gelados, vestimos o sol;
quando incandescentes,
despimos o mar;
quando nossos olhos já não podem mais
com todo esse "trem de cores",
nos emaranhamos por entre as bioluminescências
assépticas e incolor e fantasmagóricas fundomarítimas.
e lá afogamos nossos olhos quebrados e cansados.
pois, de tudo que se vê, quase nada se enxerga.
e nós já vimos o bastante.
porém enxergar é preciso.


