...e é como a impossível
da caneta sismográfica
(em dias que Richter
acorda insatisfeito),
oscilando intangível
e rabiscando frenética
sobre todo o meu peito;
tão veloz e nada estética,
e – advinha! – sua tinta
é muito vermelha!
é um,
é outro;
é centelha,
é esgoto;
é eletricidade —
mas é estática...
"que linda catedral!"
"que pobre capela!"
...fusão de dois trezes
(foda-se a matemática!)
que é igual a vinte e dois.
chega a até parecer
título de novela...
e me perdoem
pelo mal gosto,
mas é verdade,
ora pois!


