mergulho em garrafas lotadas de graça
a cada sentar desse olhar em meu colo;
trago a cachaça que assassina desgraça(!)
mesclada com o mar a regar tod'um polo.
de copo em copo o purificar se aplica,
dançando e limpando, de vaso a artéria;
me topo com o próprio pai da matéria:
rimando ao falar sobre os casos da vida.
se é pra habitar esse mar, que assim seja!
mas aqui nesse bar, sentar não compensa;
se for, meu amor, que seja de velas içadas,
as mais velejadas, já velhas e chamuscadas,
essas, por dor, bem sabem ser grande perigo
tentar remar nesse mar com ca(s)co de vidro.


