é de ser e estar que se faz o amor,
de comparar–tão raro permanecer.
que beleza teria o vermelho da flor
sem a sabedoria do verde a viver?
também de cortesia, filha da heresia
de achar que poesia, rima e califasia
curam polifasia com imagens bonitas
de viagens aflitas e de breves visitas
às miragens desditas da vil teimosia
de aplicar fantasi'às mais esquisitas
abordagens da vida e tentar impedir
que vá se repetir tod'essa dicotomia
e permitir explodir inteira coreografia
da vital empatia de se viver dia a dia.


